Acredita-se que os criadores dos primeiros calendários de Endara foram os clérigos de Luminahak, durante os anos em que Stigh era o imperador do mundo. Os defensores dessa teoria argumentam que um reino tão poderoso como aquele não poderia ser governado sem uma forma de registrar o tempo. Mas há quem defenda que eles já existissem muito antes disso, para fins religiosos.

Estes primeiros calendários rudimentares indicavam com precisão as estações, períodos de plantação e colheitas, além de datas importantes para a época. Mas foi durante a Era da Magia que o calendário de Luminahak foi aperfeiçoado, se tornando o principal meio de contar a passagem do tempo. Adotado como padrão pelos magos para controlar magias e rituais, substituiu outros possíveis calendários existentes.

Dia

Leva 24 horas para que as barcas celestiais Phaélius e Anul cruzem o céu uma única vez. O período de viagem de Phaélius é denominado de Jornada Diurna, ou popularmente, o dia. A viagem de Anul por sua vez é conhecida como Jornada Noturna, ou noite. Quando um dos astros se encontra no centro dos céus, temos a Meia Jornada, a primeira hora de Partida e a última hora de Chegada.

O tempo completo de viagem dos dois, às 24 horas, é denominado como Jornada Completa, ou Ciclo. Ele se dá durante a noite, mas ainda assim a jornada completa é chamada de dia por todos, já que este é o período normal da atividade da maior parte das raças dominantes.

Semana

Cada ciclo de seis dias constitui uma semana, que corresponde simbolicamente a um fluxo menor das energias elementais. Cada dia é nomeado em homenagem a um deus menor de grande influência no mundo.

O primeiro dia é devotado a Bhreey (Ar), e com ele vem à representação da coragem que todos devem ter para suportar dias duros de trabalho. Esse é o dia escolhido para os pagamentos feitos aos trabalhadores.

O segundo dia é de Hengard (Luz) que significa a honra que cada um deve ter para consigo mesmo e para com os outros. Dívidas costumam ser saldadas nesse dia, assim como o início do pagamento de promessas.

O terceiro dia é de Indra (Água) que representa o trabalho duro e árduo com o qual todos podem atingir seus objetivos. Apesar de não ser uma regra, é comum que plantações sejam semeadas e colhidas nesse dia.

O quarto dia pertence a Shataii (Trevas) ligado à confiança e segurança que se deve ter nos outros. Esse parece ser um dia propenso a se assinar acordos comerciais e tratados de paz, assim como acordos escusos, dado o portfólio sombrio desta divindade.

O quinto dia é de Hannah (Terra), escolhida por ser a padroeira dos ofícios e da dedicação ao trabalho. Para os anões esse é o dia de descanso ao invés de Luma, uma forma de homenagem a sua desaparecida guardiã.

E o sexto e último dia é dedicado a Luma (Fogo) que protege a família e o amor, tanto aos parentes quanto ao trabalho. Para a maior parte das raças esse é um dia de repouso onde grande parte das atividades comerciais para.

Mês

O mês em Endara é o tempo em que Roobros, seu mundo irmão, complete um ciclo completo em torno de Endara. Durante este período, que dura 28 dias, ele passa por quatro fases distintas:

Após a Lua Minguante, o ciclo lunar se reinicia, com a Lua Nova. Curiosamente, Roobros nunca é vista durante o dia. Por isso, é dito que o mês é controlado por Lantaris. Fato que acirra ainda mais a discussão entre os clérigos das duas divindades.

Estações e Ano

A energia elemental do mundo afeta o ambiente, causando mudanças no clima. Estas forças atuam de forma mais intensa em determinadas épocas. A este fenômeno foi dado o nome de estações, sendo que cada uma delas dura um ciclo aproximado de três meses.

O ano de 336 dias, marcando o final do ciclo de estações em doze meses. Há quatro equinócios entre as trocas de estações, considerados dias importantes. A Festa da Colheita (entre a estação da Terra e do Fogo, marcando o início dos meses de calor), o Dia dos Heróis (separando o Fogo e Vento) o Dia dos Mortos (entre as estações do Vento e da Água) e o Dia da Paz, (Água e Terra).

Constelações e Signos

Constelações são agrupamentos de estrelas aos quais os clérigos de Luminahak imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos. Numa noite escura, pode-se ver incontáveis delas, mas um pequeno número foi escolhido para facilitar o estudo dos céus, separando em porções menores.

Desenhos e nomes variam dependendo do hemisfério. Algumas das mais famosas são o Elfo Arqueiro, o Urso Guerreiro (ou Kriegbär, para os povos dos ermos de Rosthara), o Cavaleiro Morto, o Pirata, o Mago da Alvorada, o Felitrius, o Dragão Dourado e os Anjos Gêmeos de Yius.

Porém, a curiosa exceção são as 12 Constelações do Horizonte ou Constelações dos Signos. Elas permanecem sobre a linha do horizonte, visíveis apenas durante um mês do ano, nos pontos de partida das Naus do Dia e da Noite.

Cada uma das Constelações do Horizonte foi ligada a algum elemento e com uma entidade. Por isso, acredita-se que a pessoa nascida no período em que determinada constelação está na partida é nativa dessa constelação, possuindo uma ligação maior com aquele elemento e recebendo maior atenção da divindade responsável por aquele mês.

As Doze Signos são:

Há outros pontos do céu além das estrelas e das naus. Roobros é o maior e mais conhecido, o satélite natural de Endara. Mas também são famosas a Estrela de Shallaay, que se localiza no norte, utilizada por marinheiros para guiar-se no mar e o Farol da Sabedoria, o onde o plano de Eternidade toca o Pilar da Realidade, no meio do céu noturno, entre outras.

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